quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Querida Alice

Desculpa este mail tão sem nexo e só para te contar as minhas tristezas. Mas, diz-me lá, quem melhor do que tu para me ler? Não há pessoa que me entenda tão bem e seja capaz de estar comigo nas horas escuras. Só mesmo tu e o teu sorriso doce, Tu os teus olhos de veludo, tu e aquele ar de silêncio e confidência que pões só para me ouvir.
Os meus dias não têm sido fáceis. Penso nele horas sem fim, nada sem ele faz sentido, pareço morta por dentro. Passaram três meses, é Fevereiro e quase Dia dos Namorados - precisamente o nosso dia, foi aí que começámos.
Quase todas as pessoas têm opiniões diferentes em relação ao amor. A minha é de que só se ama uma vez, e a minha vez passou. Já foi!
E se um dia ele voltasse? Quem me dera! Tantas coisas para fazermos juntos! Casar, ter filhos, mãos dadas até à eternidade. Mas acabou. Não me arrependo, Alice. Ainda que a falta seja um frenesim, uma moinha que não pára, um desejo sempre inacabado.
Tenho saudades. Do seu cheiro, Da pele, DELE! O que vivemos foi inédito, e é isso que me fragiliza e consome.
Olha Alice, também me faltam as nossas conversas, os desabafos noite dentro - desculpa este. Preciso espairecer, viver de novo a alegria de rirmos as duas de tudo e de nada. E, no meio disto tudo, sei que é bom termos 18 anos e sermos amigas.
“I count on you”. Até breve
Beijinhos

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